quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pensamento

Após uma ida para casa dos meus pais, que já foi local de muito atrito e desgaste... Relação tumultuadas, mágoas, sentimentos entalados, aquela coisa toda... Mas dessa vez foi diferente... Dessa vez eu estava diferente... E hoje consigo responder uma coisa, a pergunta que eu tanto me fazia: O que é amar? AMAR, É SABER QUE SE TEM PARA ONDE VOLTAR! Até que enfim eu aprendi...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Buscai as coisas do Alto!!!

Um dia normal, uma correria absurda no trabalho, estou em uma semana em que as coisas estão caóticas no escritório, o que já tinha um prazo apertado, foi mais encurtado ainda, e não é só um trabalho e sim dois: um prédio com duas torres e mais de 150 apartamentos e 12 laboratórios com mais de 1.500m² cada um em vários campus de uma universidade, como se não bastasse, reta final de uma monografia que estou fazendo e provas de terceiro bimestre acumuladas para correção!

Ando bem psicologicamente, a nova medicação realmente tem feito um efeito que anda me deixando contente. Meu raciocínio volta ao normal, eu começo a me empolgar com as coisas novamente... Isso é muito bom!

Meio que procurando frases, já que notei que a minha ausência de dedicação ao estudo do Espiritismo por exemplo é algo que ando sentindo falta, andei lendo umas coisas, assim frases soltas de Emmanuel que é um Espírito que gosto bastante (Sim, eu sou Espírita!), me deparei com a frase abaixo que realmente tocou meu Espírito!

"Ante as crises da vida. Não te revoltes. Serve."
(Assim diz Emmanuel, pelas mãos de Chico Xavier)

Venho de uma fase complicado, emocionalmente e fisicamente, essa frase começa a ter um significado muito importante para mim, realmente surge para me dar um gás que estava procurando, quando penso em desistir, penso em começar a reclamar, assumir aquela postura convenciente de vítima dos fatos, da sociedade, da doença... me recordo dessa frase, repito-a mentalmente e quase posso sentir as vibrações positivas que percorrem meu corpo, me dando ânimo, garra e forças para continar: Serve! Servir pode ter n interpretações, desde servir alguém, servir algo, ou servir a mim mesma.

Servir a si mesmo!
Como venho de uma fase pesada de depressão, a muito tempo eu não sirvo a mim mesma, notei que além de servir aos outros, é importante também que eu sirva a mim, então ando tentando fazer coisas por mim, coisas que ficaram deixadas de lado obscurecidas por uma doença que causava (ou era causada) uma névoa sombria, uma procastinação, uma vontade de fazer nada.

É época de agradecer, de colocar em dia as coisas que deixei acumular, questões de até certa irresponsabilidade até mesmo profissional, é hora de organizar a vida, a alma a mente.

Fico novamente com a frase que marcou meu Espírito encarnado, enjaulado temporariamente na matéria, tão necessária para a minha evolução, não quero perder essa oportunidade:

"Ante as crises da vida. Não te revoltes. Serve."








sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Devaneios: Relacionamentos


É incrível, mas com todas as minhas forças eu odeio o relacionamento e odeio as pessoas. Fala-se muito em vícios, que nos dão prazer mas nos fazem mal, para mim, as pessoas são iguais a vícios. Te dão prazer, proporcionam momentos bons, mas também nos causam mal, nos fazem sofrer, posso dizer até que temos 'crises de abstinência' quando elas vão embora.
Para mim a história se repete, sempre. No começo é legal, você se deixa levar, vai se aproximando, se apega, as coisas entram em um estretimento que passa a ser complicado, aí os relacionamentos caminham para o fim. Posso ver isso, perfeitamente, se desenhando e definhando na minha frente, como um doente terminal que é consumido por uma debilitante doença.
Os relacionamentos são assim, tem um pico onde tudo é legal e bom, a outra pessoa te faz querer ser melhor, você começa a incluí-la em suas escolhas, em seus planos, em suas atividades, passa a não ser mais sozinho - uma hora tudo se inverte e desaba.
Isso vale para todos os tipos de relacionamentos - pelo menos com os humanos.
Por mais que você faça tudo, por mais que você se monitore todo o tempo para não errar,  você vai errar, nunca é suficiente e nem nunca será. Você sempre vai ouvir que alguém faz certo e que você faz errado, que alguém que sabe-se Deus qual foi a última vez que fez algo real é muito mais bem visto e querido que você, é ai que você nota que não vale a pena, que não vai adiantar, não há como agradar ou acertar, até porque eu também sou vulnerável e devido à convivências tão constantes e a um relacionamento tão estreitos a minha paciência e até meu instinto de preservação vai se cansando de tudo e talvez passe a desenvolver uma aversão defensiva, uma mágoa entalada na garganta, um rancor que funciona quase como o diabinho a assoprar na orelha "Não adianta, não é suficiente, pare de tentar", no outro lado o anjinho asopra "Onde não há amor, coloque amor e encontrarás", mas quando minha opinião vai contar? Quando vou poder reclamar também? Quando vou estar certa em sentir raiva?
Deus como é difícil evoluir, como é difícil não revidar, como é difícil não verbalizar tudo que está aqui, me machucando...
Como é difícil manter a mente focada que meu lugar não é aqui, que é só um treinamento, um intensivo, uma prova prática.  Como é difícil não rasgar o verbo perante uma reclamação idiota enquando meus músculos parecem se autoflagelarem?


Mas, eu escolhi acreditar, se estamos nesse mundo para evoluir, eu não vou desistir agora!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Casa com Nova Decoração!




Depois de um tempo distante daqui, resolvi voltar e começar mudando a decoração do blog, e também contar as novidades...

Remédio novo, fluflu não deu conta. Então agora, estou de VenVen! Além de um reforço com um potencializador de efeito! Bem, pode até ser alto, mas o inimigo andava parecendo bem resistente.
Comprei um livro sobre Serotonina, ando entendendo melhor o mecanismo da depressão e dos outros síntomas a ela associados, principalmente em seu mecanismo químico, que tira o aspecto psicológico e transfere para o aspécto físico, orgânico.
Junto com a nova medicação para a depressão veio o diagnóstico de Fibromialgia - mas até que não fiquei abalada, ao menos minhas dores sem sentido tem um nome, algo oficial, embora não se possa fazer muita coisa, pelo menos entender que nem todo mundo sente isso me fez chegar a conclusão que sim, eu posso reclamar as vezes, posso me irritar com as pessoas que reclamam de quase nada enquanto eu estou morrendo de dor e tendo que ir - a noite - dar aula com cara de feliz, afinal... meus alunos não tem nada com isso! Pelo menos agora acho que posso ser mais tolerante comigo mesma, tolerar as vontades de ficar no sofá, tolerar a preguiça de acordar cedo e limpar a casa inteira em um dia de feriado ou domingo... Estou aprendendo a me cobrar menos, me permitir estar cansada, ou com dor...

Seguindo com as novidades:
Domingo a noite fui ao Shopping e comprei um tênis para correr, entendeu a imagem, né? =)
Isso mesmo, a garota mais sedentária do planeta agora quer correr!
Bem, tudo começa com o primeiro passo certo? Quero começar a escrever como está sendo as coisas, na segunda (ontem a noite) fui caminhar/correr ao redor do Parque sozinha, era umas 19 horas, estava bem movimentando, seguindo o treino que peguei pela internet dei umas corridinhas de 30 até 60segundos, intercaladas com caminhadas. Para o primeiro dia fiquei até contente. Dei uma volta inteira no parque, uns 30% caminhando, fiquei pingando, no padrão de pingar na ponta do nariz - achei divertido, ri de mim mesma. Foi bom!
Vi que é bom estabelecer uma meta, então vamos lá: COMPLETAR UMA VOLTA NO PARQUE DO INGÁ CORRENDO! Percurso de 3Km!!!! Espero completar até a virada para 2012!  Não quero que o mundo acabe antes que eu consiga isso...

Go running!




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Funciona Flu Flu!!!

Dia caótico! Correria, pressão! Um monte de trabalho, responsabilidades, prazos, cobranças...

Só uma frase:

Funciona Flu Flu!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

...

Acho que a pior sensação do Universo, é a de ser sozinho...

Quando você perde parte do que te fazia forte...

Converter uma dor insuportável em fúria talvez seja uma forma de não encarar os fatos, dar uma volta, tomar um ar, fumar um cigarro, chorar ao volante, depois...

Não sei...

Talvez as vezes a gente não saiba mesmo o que fazer, talvez isso não seja o fim dos tempos, talvez depois tenhamos uma ideia, eu acredito, eu tenho fé...

Só por hoje....

[PS: Saudades de você mocinho!]

"Sei que estás em algum jardim, entre as flores..."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

EUREKA!


Hoje me sinto como Arquimedes, correndo pelado pelas ruas, gritando:

Eureka!
Eureka!
Eureka!


Um papinho meio sem querer nada, uma descoberta incrível...

Impressionante, mas essa coisa de falar funciona mesmo, também eu cabeçuda fui arrumar um anjo da guarda psicólogo! Às vezes, acho que algumas coisas têm que acontecer, algumas pessoas parece que reencontramos e não que as conhecemos, estranho. Estranho o poder e a capacidade de alguém que lhe faz abaixar as armas, não se sentir atacado? Talvez... Acho que os motivos pouco importam, tenho que começar a sentir, esse é o objetivo, acho que para conseguir isso, tenho que parar de racionalizar tanto assim as coisas, não importa como isso aconteceu nem por quais razões aconteceu , o fato é que aconteceu e eu serei imensamente grata a isso!

“Porque ele é tão importante para você? Tudo bem, sei que ele é seu cachorro, que você o ama, mas deve ter mais alguma coisa aí...”

Bem, ouvir não é uma de minhas especialidades, realmente fazia sentido, mas talvez justamente por fazer sentido eu ignorei, sabe como é, é mais fácil...

Abraço alguém, que nem é minha amiga com tantas estrelinhas e fico bem. Mas o que houve? O que aconteceu? Acho que quem foi, como foi, porque foi, não é relevante, a questão é que EU SENTI!

E é isso amiga, hoje posso lhe responder por que ele é tão importante, é porque ele me faz SENTIR, sem medo, sem receios, sem armaduras, sem defesas, sem racionalizações, sem culpa, sem fugas...

Ele é importante, eu o amo, sinto esse amor, aquela frase tão batida “amar e ser amado”, que eu só consigo com ele, o meu peludo, meu menino, meu fofuxo!

Talvez tudo isso, esse vazio, a angústia, a agonia, venha de uma crise de abstinência de afeto, não sei, de sentir de fato, sem desvios ou universos paralelos. Afinal, ele não está mais me esperando lá em casa...

Será que as pessoas precisam mesmo de sentimentos? Será que é isso que queriam dizer com a clássica: “Ninguém é uma ilha”? Será que estou doente por não senti-lo? Por fugir dos sentimentos? Por racionalizá-lo?

Quando isso começou? Qual foi a última vez que amei alguém? Eu já amei alguém?

Consigo facilmente imaginar: acredito em papai noel, o trenó estraga e eu generalizo... Típico da 'racional' aqui, fazer da vida quase um experimento científico, acho que tudo funciona na base da indução. Saio do micro e – em uma pira lógica – extrapolo para o macro. Isso vale para a Física, Matemática, Resistência dos Materiais, mas vale para a Psicologia? Sociologia? Filosofia? As humanas em geral? O tal do subjetivo. O que é subjetivo?

Bem, segundo o dicionário:



subjetivo

adj. s.m.

1. Relativo ao sujeito ou nele existente.

2. Que se passa exclusivamente no espírito.

Nossa, é de se entender porque eu tenho uma dificuldade transcendental com tudo que é subjetivo: “que passa exclusivamente no espírito”? Como assim? Qual a outra forma de pensar que não é a racional e a lógica? Será que dá para se estudar isso? Aprender? Como se aprende a ter uma análise subjetiva, é assim que se fala? Análise Subjetiva dos fatos?

Deixa isso para o nível 2...
Empolgante esse “jogo” não?



E para você, mistério em pessoa, fica o meu:
Obrigada e Até sempre!!!

domingo, 1 de maio de 2011

Voar para longe daqui....

As vezes as coisas desabam... Sem motivo aparente, sem razão específica, só despencam...
Vazio, vácuo, nausea... tanto faz o nome que damos a isso não importa...




Segue a tradução, da música Angel de Sarah Mclachlan...

Anjo
Gaste todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma mudança que resolveria tudo
Sempre há um motivo
Para não se sentir bom o bastante,
E é difícil no fim do dia.
Eu preciso de alguma distração.
Oh, perfeita liberação
A lembrança vaza de minhas veias...
Deixe-me vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.
Nos braços de um anjo,
Voe para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto aqui
Tão cansado de seguir em frente,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa para tudo que lhe falta
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me faz ajoelhar.
É, ando cansada de seguir em frente, cansada de tentar, cansada de acreditar em uma melhora que nunca virá...
Será que preciso mesmo me manter aqui? Me manter respirando? Esse ar que entra rasgando, que fere a alma, que destrói tudo, que me lembra que não tenho coragem, que sou covarde...
Será que as pessoas ficariam mal? Mas quem ficaria mal? Eu só acho que ficariam mal, ninguém nunca me falou abertamente, em palavras puras e simples, diretas e claras, sem rodeios, sem indiretas.. eu não entendo indiretas...
Hoje é um dia que me sinto a pessoa mais solitária, vazia e infeliz do Universo, como uma Nebulosa Planetária gostaria de me transformar, de desaparecer...
Eu só acho, só acho, não tenho certeza de nada, claro que vou achar algo positivo, talvez eu sinta falta de ouvir, puro, claro, simples...
Que saudade dos meus peludos, que vontade chorar abraçada neles até doer, como se o mundo fosse acabar ali e nada mais importasse... Sem medos, ou temores, ou vácuos... Só aquele momento, o calor da pele deles, o oscilar da respiração...
Hoje eu só queria, nos braços de um anjo, ser levada para longe daqui...
Não aguento mais essa vida, não aguento mais esse mundo...
Amo algumas pessoas, amo mesmo, são elas que me mantem em pé, que me fazem tentar só mais um dia... Talvez elas não saibam o quanto são importantes para mim, talvez saibam, mas eu não consigo nem falar, sou uma incompetente, uma idiota...
Mas talvez elas sintam, prefiro pensar assim, sintam que são seus sorrisos, seus olhares, seu tapinhas, que me mantem em pé, que me dão coragem de continuar, de lutar, de tentar...
Mas hoje, nos braços de um anjo, eu queria ir para longe daqui...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Astronomia... Paixão!


Nebulosa da Coruja ou NGC 3587 lembra a face de uma Coruja!!!
Incrível, como a astronomia me permite unir duas paixões: Corujas e Astronomia!

Impressionante, ficar no terraço vendo o espaço com meu telescópio 'precário' já me faz viajar, eu posso imaginar o privilégio de quem tem poder aquisitivo de ter um com capacidade de ver uma Nebulosa como essa! Realmente, a Astronomia é algo fantástico, mágico, deslumbrante, pelo menos para mim.
Três horas olhando para cima, esquecendo-me de tudo e pensando apenas nas belezas naturais. Uma viagem para fora de mim mesma, para o Cosmo, para o Espaço! Imenso e lindo! Fantástico! Fantástico!

Indo para casa dos meus pais nesse feriadão de Páscoa, doida para ver meus peludos e passar a madrugada do lado de fora olhando o espaço! Na mala? Teremos: Caminha de cachorro novinha para meu garoto Yugui, ovos de Páscoa para cães, meu telescópio, meus livros de astronomia e do Sartre, minha câmera fotográfica, meu notebook e umas três toneladas de paciência...





segunda-feira, 21 de março de 2011

Yugui...

Saudade de você meu menino...

Saudade...

Hoje é um daqueles dias que senti sua falta de uma forma desleal, saudade que chega a provocar falta de ar, nauseas...
Hoje mais do que nunca, senti saudade do seu abraço, do seu ombro amigo, da sua voz me dizendo que ficará tudo bem...
Com um comentário alegre, me afastava da dor, me fazia sorrir, brincar, achar que tudo passaria mesmo, que no final tudo daria certo...
Que saudade eu sinto de você meu amigo, que saudade de suas palavras alegres, vivas e coloridas a alegrar minha existência, saudade do seu colo a me amparar, do amor que me destes que eu não fazia idéia que existia, um carinho e afeto que me marcaram para sempre, se eu soubesse que seria a última vez, teria te dado um abraço mais apertado, um cafuné mais demorado, olhado você sorrir mais uma vez...

Espero que estejas bem, em algum lugar alegre e feliz, colorido e com muita energia. Assim como você era...

Saudades sempre,

domingo, 23 de janeiro de 2011

A amiga indesejada

Alguns dias são complicados, pesados, arrastados...

Hoje minha amiga antiga, a depressão resolver ser mais intensa, presente e ativa. Sei que chamá-la de amiga pode parecer dramático demais, mas quando se passa muito tempo convivendo com algo é melhor que isso vire um amigo, uma amiga. Gosto da frase se o mal é maior, junte-se a ele.

Sei que ela sempre irá me acompanhar, sempre estará de tocaia, na espreita, pronta a dar o bote quando eu começo a me desarmar em alguma situação. Não sei ao certo o motivo dela vir solando hoje mais do que o habitual, todos os dias me deparo com ela, todos os dias a vejo nos cantos, me observando, se fazendo presente... Eu procuro ignorar, uma tentativa infantil de ignorá-la, claro que o vazio sempre presente não me deixa esquecer, mas eu procuro desviar o foco, falar de outra coisa, rir de uma bobeira, me meter a ler filosofia ou história da arte, aprender uma técnica nova de fotografia... Mas sei que ela vai comigo onde quer que eu esteja, deixando tudo com um toque de cinza, sombrio...

Hoje ela resolver assumir o comando e me relembrar quem manda, mostrar do que ela é capaz, me jogar no vácuo e me lembrar dos meus maiores pavores. Apareceu do nada, em meio a uma conversa tranqüila com duas amigas, mas não sei ao certo por qual motivo, tudo desabou, desde as sensações físicas de mal estar aos pensamentos de acabar com tudo de uma vez, me trancar no quarto, nunca mais me relacionar com alguém, me afastar de tudo e todos, enfim, os pensamentos sombrios clássicos...

O pior é saber que isso nunca irá melhorar, que com o tempo tudo tende a piorar numa escala exponencial, onde o infinito seria o limite, ou minha sanidade seria o limite – não sei.

Fui ao centro espírita literalmente me arrastando, obrigada por mim mesma a criar vergonha na cara e não me entregar assim tão fácil, até a metade da palestra estava quase caindo de sono, fui melhorando e no final estava bem. Sai de lá quase eufórica, umas voltas de carro com os amigos, vento, um cigarro para relaxar...

Depois entramos em papos pessoais e algumas coisa que eu já sabia, mas que me machucam de uma forma extremamente intensa me puxaram de volta para o vácuo. Vim para a casa, com a sensação de vazio clássica, buscando alguma forma de arrancar essa angústia insuportável do peito, mas nada resolve. Tentei pegar o note, enquanto via TV e escrever, para ver se melhora, não esta funcionando, mas vou postar mesmo assim. Fica um grito no vazio, no silêncio, palavras ao vento, bits numa rede que corta o planeta, não sei a razão de fazer isso, mas dizem que falar faz bem, como eu sou covarde o suficiente para não falar isso para ninguém, eu escrevo aqui, para que ao menos depois que tudo isso passar – e sempre passa – eu possa ler e entender um pouco melhor como funcionam esses momentos, tentar arrumar formas de lidar melhor com tais situações, sofrer menos na próxima vez...

Então depressão amiga, essa noite eu vou dormir com você...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A descoberta da verdade...



“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão, sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão...”

Essa música do Engenheiros, me toca da mesma forma que a passagem Bíblica “Conheceis a verdade, e a verdade vos libertará”. Será mesmo? Será que a liberdade nos liberta? Acho que sim, mas acho que às vezes a ‘liberdade’ pode piorar tudo, mas agora já que “eles me deram as chaves que abrem essa prisão” e eu não tenho escolha de retornar resta-me processar e digerir essa verdade...

Então isso não acontece com todo mundo? Não é todo mundo que se sente assim? Não é normal essa sensação de que sua vida se resumiu em seção de tortura e espancamento emocional? Não são normais aquelas lembranças que teimam em aparecer e estragar tudo? Não são todos que sofrem calados numa noite escura? Que colocam música eletrônica para não pensar? Não é com todos a sensação de que a vida não faz sentido? De se questionar sobre qual a lógica de tudo? De ter tudo e mesmo assim permanecer em um vazio emocional que nada parece suprir? Então, para algumas pessoas a vida é simplesmente mais fácil? Algumas pessoas não são imersas no Vácuo com a mesma freqüência? Algumas pessoas nunca conheceram o Vácuo? Algumas pessoas simplesmente são felizes? Simples assim? Sem complicações? Sem dramas? Sem dor? Sem revolta? Sem rejeições? Elas simplesmente são felizes? Amadas? Alegres? Completas?

Penso...

Estou no meio de uma prova, os alunos concentrados resolvendo os exercícios, enquanto isso escrevo essas palavras, pensamento voa, ainda não consigo processar as informações, minha mente se perde em perguntas e mais perguntas, uma avalanche delas, olho para fora, dia cinza, nublado, sem sol...

Penso...

Mesmo ontem quando ouvi tudo isso, estava bêbada - mesmo depois de beber pouco, tudo girava, as palavras penetravam como luz, de olhos fechados, sentia o carro balançar, a ânsia em cada solavanco, o vento batendo na mão, enquanto uma grande amiga levava o carro e me falava: “Não, lógico que não, cada um é diferente, mas há pessoas que não são como a gente, que não tem essa coisa que nós temos, que não vivem em cacos, que não tiveram sua psiquê desestruturada.” Acho que era isso, estava bêbada e pensando demais para gravar termos técnicos, mas entendi a ‘moral da história’...

Penso...

Não sei se essas revelações serão boas ou ruins, mas acredito na frase: “Conheceis a verdade e a verdade vos libertará.” Acredito também – eu acho – que o acaso não existe, prefiro acreditar que tudo tem um motivo e depois de tempos sem ir a uma reunião Espírita, fui, estava cansadíssima, lutava com o sono durante a palestra, não me lembro direito qual era o tema mas lembro que naquela noite uma frase que já havia ouvido várias vezes, mas não sei por qual motivo, naquela noite ela me tocou, veio com cara nova, com uma roupagem reveladora que dizia: “Conheceis a verdade e a verdade vos libertará.” E agora tudo isso, talvez fosse para ser, talvez era alguém me preparando para absorver o que viria... Não sei...

Espero que a liberdade seja melhor, espero não ter desenvolvido a Síndrome de Estocolmo ou algo parecido, se o meu carcereiro for o desconhecimento, se ele for a sensação de “Ah mas é assim com todo mundo, eles só não falam nada” que me consolava, mas que também me lembrava o quanto eu era uma fraca pois as pessoas pareciam bem mais felizes, me lembro de pensar tantas e tantas vezes, de me auto-ofender: “Sua idiota, porque você é tão fraca? Porque você insiste em ficar filosofando? Porque você não é empolgada como os demais? Olha como eles são fortes! E você fica ai, deitada nesse quarto escuro, sua fraca, sua covarde!” Será que eu teria motivo para reclamar? (para mim mesma é claro, não estou afim de virar a ‘amiga depressiva’) Será que nem todo mundo sofre dessa forma mesmo? Se alguém estiver lendo isso, se perguntará: “Mas isso não é óbvio? As pessoas são diferentes, tiveram vidas diferentes, não é previsível que umas sofram e outras não?” O pior é que para mim era óbvia a parte do ser diferente e com história diferente, mas eu achava que o vazio, a sensação de que sempre falta algo, de que sempre haverá uma ponta de dor, a sensação de estar perdida, confusa, sem motivação, era algo da humanidade e que isso todos teriam, esses devaneios, essas indagações, essas buscas por verdades, por respostas...

Saber que algumas pessoas simplesmente são felizes... não sei... tudo tem um lado bom e um lado ruim:

Hipótese pessimista: A sensação de que a vida é mesmo diferente para cada um, que parece injusta, desleal, um desenfreado aleatório de fatos, perceber a dura realidade de que “na vida a gente tem que entender, que um nasce para sofrer enquanto o outro ri”, concluindo no final é claro, que eu fiquei com o “Lado Negro da Força”...

Hipótese otimista: Não irei mais precisar me sentir o ser mais fraco do Universo, o mais covarde e o mais reclamão! Poderei ter paciência comigo, tentar me compreender melhor, não achar que todo mundo passa pelas mesmas coisas que eu sou a única que reclama. Encarar talvez que sim eu me dei mal ou dei azar ou estou sendo castigada - o motivo pouco importa, não aliviaria os fatos, mas se eu partir do princípio que eu “perdi a largada” e que sempre terei que correr um pouco mais para chegar ao mesmo nível dos que “deram sorte”, isso talvez me conforte nas derrotas, talvez me conforte quando eu simplesmente sentir vontade de me trancar no quarto, deitar na cama e não ver ninguém, talvez me ajude a chorar, talvez me permita em algum momento deixar a garotinha chorar... Li em um livro, que às vezes, as nossas versões adultas sufocam a criança interior que habita-nos, dizia que muitas vezes nossa criança só está assustada, com medo, sozinha – que precisamos confortá-la, amá-la, abraçá-la... Talvez sabendo da verdade agora, eu deixe a garotinha aparecer...

Pelo tamanho das hipóteses, acho que vou pender mais para a otimista, eu sempre sou mais otimista que pessimista, isso me trouxe até aqui e com certeza me levará até o final da guerra...

“Conheceis a Verdade e a Verdade vos libertará!"